— De sua formosura deixai-me que diga:
é uma criança pálida,
é uma criança franzina,
mas tem a marca de homem,
marca de humana oficina.
De sua formosura deixai-me que diga:
é tão belo como um sim numa sala negativa.
Belo porque é uma porta abrindo-se em mais saídas.
Belo como a coisa nova na prateleira [até então] vazia.
(João Cabral de Melo Neto)