Diretório para a Catequese
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01/10/2020 Therezinha Motta Lima da Cruz Diretório para a Catequese A Catequese na missão evangelizadora da Igreja
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O novo Diretório mostra a fé como algo que sempre necessita de amadurecimento, que vai se aperfeiçoando à medida que vai sendo vivida. Então, catequese não seria um “curso” com começo, meio e fim. Aliás, nada na vida está completo, tudo pode e deve ir sendo enriquecido pelas nossas experiências. Somos novas edições revistas de nós mesmos a cada dia.

Esse desenvolvimento pode ser impulsionado quando nos sentimos bem apoiados por companheiros que que nos valorizam e nos dão testemunhos construtivos de vida.  E esse acompanhamento não é  para ser feito só pelo catequista, mas pela comunidade inteira. Ser evangelizado inclui se sentir parte de uma família que nos acolhe e nos mostra boas oportunidades de crescimento no caminho de Jesus 

A catequese está ligada à liturgia e à caridade. Celebrando, expressamos e alimentamos os sentimentos que nos ligam a Jesus. É como um círculo que não para de girar, não tem fim: cremos e por isso celebramos; celebrando alimentamos a fé; essa fé bem alimentada nos leva a celebrar de novo. E aí caminhamos num processo que nos faz estar cada vez mais unidos a Jesus. A caridade é a expressão bem coerente de nossa adesão ao Mestre. Foi Ele que nos disse que tudo que fizermos aos mais pequenos e necessitados é a Ele que estamos fazendo. Esse amor ao próximo também se manifesta na maneira de nos relacionarmos com todos. Pensando nisso, vemos que a catequese não é um sistema de ensinamento frio, em que vamos cobrar simples conhecimento de doutrinas; é a experiência de um novo modo de viver como parte da família humana.

A Revelação de Deus que vamos comunicar é o desejo do Criador para que vivamos como construtores de fraternidade e felicidade. Não há notícia melhor do que o que Deus anunciou em Jesus. Ele quer que todos sejam salvos, desenvolvendo sempre mais os dons que sua graça nos concede. Por isso temos que trabalhar a auto estima de cada pessoa, que não é vaidade, orgulho ou pretensão, mas é a consciência de termos sido criados por um Pai que faz boas obras e nos olha com muita esperança. Esse seria um tema a ser abordado também como preparação para o sacramento da Confissão, que é uma entrega confiante ao amor desse Deus que nunca desiste de nós.  É sabendo que somos filhos de um Criador sábio e amoroso que cada um vai se animar e vai ser melhor a cada dia. O perdão de Jesus foi (e continua sendo) sempre um estímulo para escolher um caminho mais construtivo. Para comunicar isso temos que desenvolver uma catequese que não seja só uma cobrança de conhecimentos, mas leve cada um ao desejo de corresponder cada vez mais ao que Deus nos dá capacidade de fazer. 

O clima será de convívio fraterno, valorização mútua e disposição para estar a serviço do bem de todos.    

A Igreja começa evangelizando a si mesma, já que só sendo bem fiel a Jesus pode ser coerente em seu anúncio. A vida da Igreja na comunidade tem que ser um sinal do bem, da fraternidade que Jesus quer ver entre nós, com todos ligados por um bonito amor fraterno. 

No seu primeiro capítulo o Diretório fala de características importantes para uma boa catequese:

1. Reconhecer os sinais do bem e da presença de Deus nas pessoas

2. Ter um diálogo respeitoso, que valorize o outro

3. Relacionar a catequese com os ritos litúrgicos, as obras de caridade e a experiência de fraternidade

4. Anunciar a boa nova sem excluir ninguém, não como uma obrigação mas como quem proclama uma alegria

5. Ser sinal de uma Igreja em saída missionária

6. Destacar a misericórdia de Deus, que quer salvar a todos

7. Mostrar uma Igreja em diálogo com o mundo, a cultura e as ciências. 

Pensando nessas orientações podemos avaliar e planejar melhor a nossa catequese:

- Esses aspectos que o Diretório aponta estão presentes e são valorizados em nossa catequese e na comunidade?

- O que precisaria ser melhorado? O que já funciona bem e até pode ser ampliado?

- Como preparamos catequistas e a comunidade para esse tipo de testemunho?

- Em nossa vida particular, como cultivamos essas atitudes?

- O que significa para nós ser catequista?

Therezinha Motta Lima da Cruz

01.10.2020

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